CORNINHO DO CUNHADO
Deitados na cama, nos beijávamos sem parar. Em meio à respirações pesadas e secas, nossos corpos entrelaçavam - se como duas cordas grossas e quentes. Éramos dois amantes unidos à uma só carne.
Estávamos prestes a fazer "aquilo" quando ouvimos o click da porta.
"Esconda - se, rápido!" , falei baixinho, mas em desespero.
Pedro enfiou - se para debaixo da cama e eu fiquei sentada nos lençóis úmidos, olhando para o nada, tentando disfarçar o que acontecera.
"Déia ?", chamou meu corninho na porta.
"Sim?", falei sorrindo.
"Sua mãe ligou e disse que Pedro ainda não voltou para casa. Você sabe de alguma coisa?".
Meus olhos percorreram momentaneamente o chão.
"Não sei de nada, não, amor".
"Aconteceu alguma coisa com você? Está suando , tá com febre ?."
"Nada aconteceu, amor. Também não sei nada sobre o Pedro. Ele é meio louquinho às vezes...
Senti a mão de Pedro socando o colchão debaixo de mim. Pedro parou.
"Quer dizer... Ele não é tão louquinho assim. Tem cara de louco, mas não é".
Outro soco debaixo de mim.
"Pedro é um cara gente boa, Déia, um excelente cunhado. Uma pena que esteja perdido agora. Faça o favor de ligar pra ele. Talvez esteja encrencado"
"Tá bom, paixão. Boa noite!"
"Boa noite, amor - disse meu corninho fechando a porta".
"Pedro pulou a janela e foi embora pra casa de mamãe...
"Transamos desde quando tínhamos 13 e 14 anos, nos amamos...
0 curtidas
👁️ 5 visualizações