SOU UMA CD

Nascida em São Paulo, filha do meio, dois Irmão meninos, minha infância foi normal, mas já percebia que gostava muito das coisas das meninas, meu Pai era muito severo e vivia me chamando a atenção “seja homem dizia ele” mas minha Mãe pelo contrario cuidava de mim com muito carinho e delicadeza, acho que Ela também já sabia que eu gostava das coisas das meninas, mas para os padrões da época não poderíamos nem eu nem ela demonstrar porque seria inaceitável admitir que eu gostava de ser menina. Escondida, quando não havia ninguém por perto penteava meus cabelos como as meninas, me enrolava em tecidos que encontrava no quarto de minha mãezinha e quando encontrava as roupinhas das minhas priminhas num cesto de roupas sujas ou em algum armário, vestia e ficava desfilando na frente dos espelhos. Costumava brincar com uma amiguinha a Betinha que por ser um pouco mais velha se aproveitava de mim me fazendo tirar as minhas roupinhas, beijava meu pintinho e fazia-me beijar sua periquitinha me lembro até hoje, daquela xaninha gordinha lizinha e cheirosinha. O tempo foi passando veio à adolescência, as sessões de masturbação intermináveis, as revistas, tornei-me um rapazinho, e por um período deixei de querer ser menina, e passei a gostar muito dar meninas, mas mesmo assim quando ficava sozinha na casa da praia de minha Avó me divertia com as calcinhas e maiozinhos de minhas priminhas vestia tudo e me masturbava muito pensando nelas. Foi nessa época também que meu primo Marcelinho já um pouco mais experiente, nas festas onde a família toda se reunia, aproveitava e já percebendo meu gosto, fazia de tudo para a noite dormir ao meu lado ou na mesma cama, e depois que todos dormiam começávamos brincadeira de pregação e às vezes até chupação, hum!! tempo bom. Cresci, fui me formei, me casei, nasceram meus filhos e vivi um período bom e feliz, não posso reclamar de forma alguma. Mas mesmo assim sempre fascinada pelo mundo das meninas, adorava encontrar calcinhas de cunhadas, sobrinhas, primas, até amigas de minha mulher e as dela também, quando ficava sozinha em casa, nossa era tudo, me vestia, me maquiava, ai, era demais, adorava, li muitos contos nas revistas, adorava fotos de travestis e costumava quando voltava do trabalho à noite passar pelos pontos de travestis para vê-las. Até costumava parar e conversar pedia para ver seus pintos “enormes não sei por que acho que devido a esticarem para esconder”, até que criei coragem e convidei uma para entrar em meu carro “que loucura”, na primeira vez só conversou nada de sexo, fui me encorajando até que um dia através de um anuncio de jornal fui ao apartamento de uma travesti muito feminina e transamos, mas só fui passivo apesar de ter ido ao encontro vestindo uma calcinha que tinha comprado nas Lojas Americanas, depois dessa vez aconteceu meu grande erro. Num determinado dia, parei meu carro e abordei uma travesti, já tinha perdido a inibição e o medo. Quando abri a janela e estava distraída a travesti retirou as chaves do meu carro e começou a me ameaçar, vieram outras duas travestis que começaram a chutar as portas do carro amassando a lataria e a que estava com as chaves do carro entrou pelo lado do passageiro e já com uma faca na mão me ameaçava e me obrigou a ir até um banco (caixa eletrônico) me fez sacar uma quantia grande de dinheiro e fugiu sempre me ameaçando se eu fosse a policia. Nunca fui com medo do escândalo, mas fiquei muito traumatizada a ponto de nunca mais ter coragem de passar pela via onde aquilo aconteceu e muito menos de chegar perto de travestis. Os anos se passaram os meus filhos cresceram se casaram e terminei me separando, então ai com a chegada da internet, bate papos, sites de relacionamentos, fui conhecendo o mundo CROSSDRESSER. Hoje conclui que sou uma CD, adoro roupas femininas, principalmente as calcinhas, sutiãs, Borys e meias, não sai do armário por achar que já passei da idade, sou bissexual. Sou feliz.