Destino

Estou dentro de um castelo. Parece enorme, uma iluminação fraca, indireta. Luxuoso. Inúmeras portas e corredores misteriosos, convidativos. Velas, tapetes, almofadas, véus, cortinas. Tons sedutores. Não sei o que faço aqui. Parece que minhas amigas me trouxeram, dizem que é meu destino estar aqui. Destino? Minhas amigas me despem e, de repente, estou com uma lingerie que nunca usei antes. Linda e sedutora. Elas me deixam ali, levam minhas roupas, meus pertences e se vão. Tenho medo. O silêncio se torna uma música. Distante, suave e sensual. Vejo uma taça de vinho e bebo. Começo a dançar, sozinha. Meu corpo acompanha o movimento da música. Minhas mãos começam a percorrer meu corpo, delicadamente. O medo dá lugar a excitação. Toco meus seios, meu ventre, meu sexo, já úmido e quente, por causa de todo o mistério. Ouço passos. Risadinhas. Minhas amigas estão de volta. Parecem ter esquecido algo. Me esqueceram? Vieram me buscar? Não. Me pegam pela mão, afagam meus cabelos e uma por vez, beijam meus lábios suavemente. Não me reconheço, retribuo seus beijos. Me conduzem a uma sala, cheia de tapeçarias. Me encostam de frente a uma parede, cheia de ganchos e argolas. Amarram meus pulsos com fitas de veludo, com meus braços para o alto. O mesmo fazem com meus tornozelos, de pernas semi abertas. Estranhamente, aquilo tudo me agrada. Me excita. Beijam minha nuca, meu pescoço e dizem que agora sim podem ir. Penso que é tudo uma brincadeira de sedução. Por que não? Resolvo entrar no jogo delas e a música recomeça. Presa, já não consigo mais dançar. Novos passos. Desta vez, sei que não são elas. Alguém se aproxima de mim, mas não consigo virar a cabeça para ver quem é. Pergunto quem está ali. Os passos param. Sinto uma mão, quente, firme, decidida, masculina, tocar meu ombro. “Sou eu. Seu Destino.” Meu destino! Seja ele quem for, me entrego. Se encosta em mim, sinto que seu corpo está nu. Suas mãos me percorrem, seus lábios tocam a minha pele. Aquele perfume, tão conhecido meu e ao mesmo tempo desconhecido que seu corpo exala, me acende. Sua barba por fazer roçando meu pescoço. Sinto algo pulsante, duro, na altura de minha nádegas, tateando, procurando algo. Suas mãos encontram meus seios e os seguram, apalpam, apertam. Uma delas desce pelo meu ventre, encontra meu sexo. Me toca, acaricia. Me invade com seus dedos. Estou explodindo de tesão, totalmente entregue a esse destino desconhecido... Sua boca mordisca meu pescoço, sua língua invade minha orelha e em pouco tempo, meu gozo explode em sua mão, escorrendo por minhas coxas. Solta uma de minhas mãos, que guia até seu pau. Seguro com vontade de me virar e chupar, mas não posso. Sou escrava de meu destino, naquele momento. Então, minha mão brinca de vai e vem com ele. Meu destino começa a arfar, respirar cada vez mais rápido. Se afasta um instante. Ouço o som do líquido na taça. Mais vinho, ele traz até meus lábios. E então, vejo seu rosto. Um rosto sem nome, mas que há algum tempo habita minha mente. Meu destino. Me abraça novamente e sinto seu pênis avançando para minhas nádegas. Entra devagar, aumentando, crescendo, correndo, invadindo, roubando o que quer de mim. E então goza, silencioso, mas intenso. Suplico que me desamarre. Ele me responde apenas com uma palmada na bunda. Forte, certeira. Uma dor gostosa. E por fim me desamarra. Me vira de frente para ele. Toco seu peito, enquanto ele avança guloso para meus seios. Se aninha entre eles, enquanto afago seus cabelos negros, levemente ondulados. Lambe meus bicos, chupa faminto, sentindo todo o calor que provoca em meu corpo, enquanto suas mãos acariciam minhas costas. Se abaixa e leva sua boca ao meu sexo. Inspira fundo meu perfume. Enfia toda sua língua em minha vagina, sorvendo todo meu líquido. Sinto arrepios, meu corpo treme por dentro a cada investida de sua língua. Faz movimentos circulares. Entra e sai. Dá lambidinhas tímidas. Invade o espaço com força. Chega ao meu clitóris. Me contorço, começo a gemer, não me contenho! Gozo em sua boca, que ávida, lambe todo meu mel. Se levanta, cola seu corpo no meu, imploro que me possua, preciso sentir meu destino dentro de mim! Tampa minha boca com sua mão. “Shhhhh!!!” Novamente não permite que eu fale, que eu peça. Me leva para um tapete tão felpudo que nem sinto estar no chão. Venda meus olhos. Deita-se sobre meu corpo, me cobre como um lençol. Deposita os beijos mais delicados em minha pele! Depois me toma com força, me invade. Me penetra, invade definitivamente todo meu ser. Agita meu corpo. Se move sobre mim provocando espasmos que quase me levantam do chão. Aumenta o ritmo enquanto me contorço de prazer! Goza comigo. Devagar. Rápido. Definitivo. Meu destino ao meu lado. Me acaricia. Me põe pra dormir. E acordo só em minha cama.