Desviados

Sorte no Amor - Nada é por acaso

📅 Publicado em: 01/09/2010 00:00

👤 Autor: senhordoscontos

📂 Categoria: Heterosexual

A cerca de dois quarteirões de onde morava, Eliza desceu de um ônibus e passou a caminhar pela calçada, estava cabisbaixa e com coração apertado. Seus pensamentos atordoados, aquelas vozes, seus amigos lhe apontando o dedo dizendo que tinham lhe avisado. O céu estava carregado de nuvens pesadas e há um pouco menos de um quarteirão de seu prédio, Eliza parou no farol aguardando o sinal e neste momento uma forte chuva começou a descer castigando-a. Mas foi então que em menos de um minuto um guarda-chuva chegou a encobrindo e uma mão tocou o ombro dela acolhendo-a. - Cheguei à boa hora? Eles se olharam, olhos nos olhos. Os dois sorriram um para o outro e aquele sotaque, aquele olhar e sorriso cativaram Eliza que sentiu estranhamente as batidas de seu coração acelerar. - Sim, não poderia ter chego a melhor hora. - Mio nome è Marcus, muito prazer. - Me chamo... – Eliza – ele a interrompeu. - Sim, como sabe meu nome? - Somos vizinhos, vivete in apartamento 212 e io in 215. - Nossa nunca reparei em ti. - Si ma io reparo em você desde que cheguei aqui. E perdonatemi per mio português ruim, vim da Itália a um mese e estou aprendendo ainda. Os dois seguiram conversando até o prédio, pareciam se conhecer a muito tempo, a conversa fluía de forma extraordinária. Quando chegaram ao andar que moravam, se olharam e ficaram em silêncio por um segundo e então Marcus disse: - Você poderia me ajudar com meu português. - Sim, claro que te ajudo. - Gostas de vinho? - Sim, por quê? - Io sou colecionador de vinhos, gostaria de convidá-la para vir a meu apartamento para degustazione dos miglore vinhos da Itália. Assim aproveitas para mi ajudar com meu português. Eliza sorri. - È você precisa mesmo de uma ajuda, mas até que acho bonitinho seu jeito de falar. – Eliza sorri brincando com Marcus. – Aceito seu convite, preciso só tomar um banho e resolver algumas coisas, poderia ser às 21hs? - Si, Si, perfeito, então te espero em mio apartamento, tudo bem? - Sim, estarei lá. Marcus a olha profundamente, sorrindo; leva uma mão no rosto de Eliza o acaricia, fazendo-a se arrepiar por inteiro, ele segura os óculos dela o tira e depois segurando a presilha do seu cabelo e puxa soltando seus cabelos. - Eliza, és uma mulher muito bela. - Obrigada Marcus, você é muito gentil. – ficam se olhando. – Bom deixe-me entrar. –diz Eliza. Eliza se despediu de Marcus e foi lhe dar um beijo no rosto, por uma ironia do destino Eliza pisou em falso e acabou beijando o canto da boca de Marcus. Eles se olharam ainda com os lábios próximos um do outro, os olhares diziam tudo, denunciavam tudo o que estavam sentindo e desejando. Mas Eliza se conteve saindo de Marcus e rapidamente entrou em seu apartamento. Encostada junto à porta Eliza falava para si: - De novo não, como pode? Ainda pouco estava chorando por um homem a quem estive apaixonada por muito tempo e agora ... não, não não, preciso esquecer isto, ele só é um homem muito gentil e nada mais e precisa da minha ajuda. Eliza seguiu para seu quarto. Continua ... Visitem me em minha casa: http://senhordoscontos.blogspot.com/

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