Desviados

Quando chega o AMOR (eram duas amigas)

📅 Publicado em: 01/01/2005 00:00

👤 Autor: marcela

Elas se conheceram na faculdade. Marcela tinha 22 anos e Camila 37. A diferença de idade não foi obstáculo para a crescente amizade que surgia... Embora fossem bastante diferentes, havia um “q” que as aproximava... Uma sintonia quase que inexplicável: Marcela, uma garota do subúrbio,virgem “certinha” que ainda morava com os pais e Camila, uma mulher madura, de uma família tradicional de sua cidade que, aos 37 anos já havia passado por um casamento [sem filhos] não se desgrudavam um minuto na faculdade. Passaram a fazer os mesmos estágios e viram que até nessas escolhas se acertavam... Tornaram-se confidentes e a conta telefônica de ambas triplicou... Bilhetinhos e recados no telefone eram constantes... Pensavam uma na outra o dia inteiro... E à cada dia passavam a querer estar o mais tempo possível juntas... O círculo de amizade de ambas se ampliou... mas ampliaram-se também as insinuações baratas... as implicâncias... a inveja das “amigas” de anteriormente... No início elas se intrigavam... Mas depois passaram a “levar numa boa”...Sempre que podiam falavam de antigos namorados, de homens com quem já haviam se relacionado; mas no final acabavam sempre falando de desilusões... Marcela [a mais nova] então começa a se questionar sobre o desejo crescente que sentia e a necessidade de estar perto de Camila... Será que aquela amizade era algo “normal”?... será que o amor que sentia era um amor fraternal? [como viviam escrevendo em cartõezinhos que freqüentemente trocavam entre si?]... Pela cabeça de Camila também passam essas questões, no entanto ela se recusa a levar adiante seus pensamentos. “Como, eu, uma mulher que sempre gostei e atraí homens posso pensar numa coisa absurda dessas?!? Marcela é uma menina! Um anjo mandado por deus! E além do mais não sinto nenhuma atração por seu corpo! Não faz o meu tipo!” No entanto, esse carinho crescia... crescia... e numa bela tarde, Marcela resolveu ir até o apartamento da amiga com um filme para assistirem (apesar de serem bastante unidas não era costume as “visitas domiciliares”)... Surpresa, Camila a recebe e resolvem assistir o filme em seu quarto... na cama de casal em que outras vezes já estiveram para ver filmes... Antes, porém resolve abrir uma garrafa de vinho doce e brindam à amizade das duas... O filme era um romance... numa cena mais “quente”, Marcela também já “quente” por causa do vinho deixa sem querer sua mão se encontrar com a da amiga... Camila não retira a mão e elas ficam assim... com as mãos sobrepostas... [Lembrando que até então , apesar do imenso carinho que demonstravam uma pela outra com presentinhos e palavras, até os abraços eram raríssimos]... Lá pelo fim da garrafa de vinho Marcela de lado, vira seu rosto e encara Camila... Sente um desejo enorme de fazer aquela mulher sentir prazer; como nunca havia sentido com outros homens. Camila também continua a encarar Marcela e num gesto de carinho toca seu cabelo... Esse gesto [mágico?] faz irromper umas das coisas mais lindas dessa terra: a consciência da liberdade... a consciência de que duas pessoas que se amam não devem se conter em demonstrar seus sentimentos... Marcela então toma a iniciativa e beija (no início timidamente) os lábios da amiga... Em sua cabeça um misto de prazer e medo... Medo da reação de Camila... Para as duas tudo era novidade, pois nunca haviam estado assim, com outra mulher antes... E aquele beijo tímido se transforma... Num beijo de amor... as duas sentam-se na cama sem desgrudarem os lábios... e se tocam... abraçam-se... e estremecem... de tensão... de tesão... de uma sensação única!!!... Era como se quisessem se fundir em uma só... Querendo se proteger... não permitindo que nada de mal acontecesse à outra... Amor... sentiam que pela primeira vez de fato “faziam amor” com alguém... E o beijo se prolongou... Marcela então beija o pescoço de Camila... sente seus pequeninos seios estremecerem... e seguindo seu desejo beija todo o corpo de Camila... deitam-se... ainda abraçadas, em meio aos beijos trocam juras ardentes...palavras puras... doces... carinhosas... Em meio às carícias Camila pega a mão de Marcela e a coloca por debaixo de sua saia [uma saia de jeans curta de pregas]... Marcela sente sua calcinha se molhar toda... a calcinha da amiga já não estava lá... ela de leve [nunca havia feito isso!!] toca os pelinhos de sua amiga... passa o dedo de leve em seu grelinho... e não agüenta: abaixa-se a passa a lambe-lo... A amiga geme de tesão... língua vai... língua vem... Experimenta colocar também o dedo... faz movimentos... Camila goza... Goza como nunca havia acontecido antes... Sente múltiplas sensações de prazer... e sente-se amada... AMADA... O filme acaba... as duas nem se dão conta... se amam... se amam... depois de tanto carinho deitam-se novamente uma ao lado da outra... “Eu te amo tanto... sempre te amei... como eu queria que você se sentisse a mulher mais amada nesse mundo” – diz Marcela... Camila, com os olhos marejados (era muito emotiva) diz que nunca pensou que prazer e amor pudessem andar de mãos dadas, mas que naquele dia ela teve a certeza do contrário... Ainda se abraçaram... se olharam... era a primeira vez de ambas... era o nascimento da certeza de que pra sempre estariam juntas... e de que a felicidade era possível... de que barreiras como idade.. sexo...

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