Desviados

A Esperança continua

📅 Publicado em: 01/01/2005 00:00

👤 Autor: eduardo

Questão de oito meses atrás escrevi aqui não um conto, mas um fato real que muito me atormenta. Vou falar sobre a VIRGINDADE! Fui criado num tempo em que as mulheres deviam se casar virgens. Assim vivi durante minha adolescência acreditando muito neste conceito de virgindade feminina. Namorei várias moças, e em muitas oportunidades poderíamos ter tido uma relação, que se não era para mim já novidade, seria para a minha namorada do momento. Lembro-me bem que mais de cinco ou seis vezes estávamos sós e só não tivemos a relação por respeito que eu devotava a todas elas e por minha educação. Tinha também em casa três irmãs e nossos pais sempre abordava tal assunto. Elas também namoravam, mas bem sabia da pureza de todas elas. Assim fui vivendo minha idade entre os 15 até os 22 anos, quando comecei a nomorar mais firme. Uma noite conversando com minha namorada ela me confessou não ser mais virgem e isto foi o estopim de meu desesepero. Pensei em matar, morrer, pensei em tudo, mas como gostava um pouco dela, pensei que com o tempo isto me poderia ser esquecido. Bem. já que nosso namoro evoluiu, começamos a transar, e se hoje percebo toda a infantilidade de minha parte, à época isso me passava despercebidamente... Namoramos ano e meio. Tinha eu 23 anos e ela 26 quando por um descuido de minha parte e não da parte dela, engradivou. Claro que se toda a minha vida havia um respeito, bem... meio que às pressas nos casamos e sete meses depois nasceu nossa filha. Bem, o que eu pensava que iria facilmente ser superado, com o tempo aumentou gradativamente em sofrimento dentro de mim. Não admitia ter me casado com uma mulher que não era virgem, mas o prejuízo em minha vida era total. Largar eu pensava, mas havia uma criança no meio... Fomos levando o casamento, eu sempre cobrando de mim e dela uma virgindade que não havia... martirizava-me muito e ainda sinto em mim os mesmo laivos de sofrimento, agonia e dor dentro de meu peito... Como o casamento se prolongou vieram mais dois filhos, mas sempre me faltava algo... eu buscando em todas as mulheres que encontrava, uma VIRGINDADE... o tempo foi passando, fiz 30 anos, fiz 35 anos e meu casamento foi por água abaixo... desamor, desatenção, descuido, desalento... Foi culpa minha, foi culpa dela, foi culpa de uma Virgindade que não tive, foi a sensação horrível de não ter sido o primeiro... Doía dentro de mim como faca pontiaguda a me perfurar o peito, o coração, a alma... Acordava noites e noites e perambulava o pensamento sempre na ânsia incontida de encontrar uma Mulher VIRGEM!!! Achei outras namoradas, mas a Virgindade também já não havia... Bem, todas a namoradas que vim a ter depois do término de meu casamento, ou já haviam sido casadas, ou mesmo solteiras, já não eram mais virgens... Meu desespero chegou ao cúmulo dos cúmulos... Hoje, com 50 anos de idade, definho... morro um pouco a cada dia. Minha angústia é tamanha e indefinível tanto quanto indecifrável. Às vezes é tamanho que penso em algo mais forte e mais profundo, mas me falta coragem... Penso nisso há extatos 28 anos. 28 anos pode parecer pouco, mas para mim é uma vida, é mais do que uma vida. É uma alucinação total. Nestes 28 anos não deixei de pensar um ida sequer. Às vezes é mais forte, outras em escala menor de sofrimento e dor. Sangra meu coração... Comecei a dar aulas para uma juventude linda e sadia, pensei que talvez minha procura pudesse ter fim, mas se houve alunas que se interessavam por mim, fatalmente já não tinham a me oferecer meu preciso e precioso Tesouro... Falei com algumas amigas sobre isso, fui fazer terapia e nada me adiantou... Cheguei ao cúmulo de falar com minha filha... e quem sabe dentro de suas jovens amizades pudesse algo ocorrer... não ocorreu nada... Também já com 50 anos, penso que nada mais pode me ocorrer para acabar tanta dor, tanto sofrimento, tanta angústia... No conto anterior a que me referi, já nem me lembro o número dele, nem o título, sei que fala em ESPERANÇA, digo e volto a repetir: Gostaria muito de encontrar este meu TESOURO, este que é a razão de minha Vida. Alento para continuar vivendo... Falei também, e repito agora, que em duas oportunidades duas namoradas minhas a meu pedido fizeram a operação de retauro de hímem, mas não me adiantou... meu problema é o pensamento, é saber que houve Alguém antes de mim. Queria muito, sonho muito em encontrar meu TESOURO!!! Se me acontecesse, ainda não aconteceu, de alguém ler este conto e: se já não for mais VIRGEM, fizer a tal operação de restauro de hímen sem que eu saiba,(bem, o que o olho não vê o coração não sente, diz o velho ditado), eu ficaria feliz. Só que eu não poderia saber que houve tal artifício para me enganar. No caso desejo ser enganado. Mas se uma Mulher ler este meu relato, se for VIRGEM e quiser viver comigo este dourado momento, eu gostaria muito. Dizer o que aconteceria no momento que escrevo este relato é-me infinitamente impossível. Queto tanto viver tal momento que as palavras me são impossíveis de dizê-las. No conto anterior duas vozes femininas se manifestaram condoídas de minha angústia. Uma do Rio de Janeiro, mas depois sumiu antes me dizendo que já lhe faltava coragem... Outra de São Paulo. Nos falamos muito, por e-mail, por telefone, cheguei a ir vê-la, mas era uma fantasia sua de querer gozar comigo... Já não era mais virgem, não tinha mais o meu TESOURO. Creio que já falei o bastante... Se houver uma mulher de qualquer idade, dos 18 aos 50, que seja VIRGEM, que queira viver comigo algo ainda não vivido por ela e por mim, por nós dois, estou aberto. Não gostaria que houvesse imposição financeira, já que gostaria de uma entraga por prazer, por carinho, por afeto, mas nem sei se descartaria tal oferta. Pensem apenas que sofro há exatos 28 anos. Talvez maior tempo o meu de sofrimento do que muitas vidas... Pensem que se a VIRGINDADE hoje perdeu o seu valor, e por isso está cada vez mais rara, com meninas se iniciando com 12, 13, no máximo 14 ou 15 anos, eu estou aqui, com 50 anos, ainda esperando viver o momento de encontrar este Tesouro. Me escrevam se houver interesse, ou para compartilhar de minha angústia e minha dor. De preferência se houver interesse. Eduardo [email protected]

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