Dias de Carência
Dias de Carência
Meu nome é Júlia e tenho 19 anos. Namoro um cara, o Pedro, de mesma idade. Nós sempre fomos amigos, resolvemos namorar a um ano e meio atrás e estamos juntos até hoje, apesar do problema que enfrentei devido a minha traição e ele com a igreja e suas ocupações.
Nosso namoro sempre foi muito frio, sexualmente falando. Eu sempre fui muito quieta porque era insegura quanto ao sexo e ele, porque era evangélico. Porém, a partir do momento que passei a me masturbar e também a me liberar, ele, ao sentir isso nos carinhos que eu o dava, fez o mesmo sem se importar com o que a religião dele permitia.
Nós passamos a descobrir o corpo um do outro. Eu começava com as costas e o peito dele. Ele investia nas minhas pernas. Antes eram somente carícias e beijos, sem tirar as blusas, mas depois que eu me mudei para o meu apartamento, passando assim a morar sozinha, ele e eu começamos a fazer mais loucuras um com o outro do tipo...
Eu amava arranhar as pernas dele. Principalmente quando ele estava de bermuda. Eu esfregava meus dedos nas coxas dele levemente, desde o joelho até dentro da bermuda, chegando a toca-lo bem superficialmente. Também gostava de usar os dedos para arranhar suas costas, seu peito e barriga, seguidos de beijos e mordidas de leve. Além disso, eu adorava morder as orelhas dele, lambe-las, beija-las... ir descendo o pescoço, a nuca... eu mordia tanto que, às vezes machucava.
Já ele me apertava e muito contra as paredes, me conduzia à mesa da cozinha, às vezes a pia... até finalmente chegarmos a deliciosa cama. Lá, ele gostava de tirar minha blusa, me tocar devagarinho, com a ponta carnuda dos dedos. Ia seguindo desde perto da virilha até às orelhas, subindo... descendo... em algumas vezes, ao chegar ao umbigo fazia movimentos circulares... também valorizava minha cintura, parece que gostava muito dela. Além disso apalpava bastante os meus seios, mas não chegava a ser forte, às vezes a intensidade era maior, depois ele diminuía... ele sabia e gostava de fazer isso tudo porque, dizia-me que adorava me ver gemendo alto, ofegantemente suando, sussurrando no ouvido dele...
Pedro e eu nunca passamos disso, apesar de querer. Não era porque eu não queria, mas porque ele não podia. Eu sempre sonhei com ele tirando minha calça... masturbando-me... transando comigo. Acredito que ele também sentia a mesma vontade, mas se segurava muito, o que me deixava chateada pacas. Eu sempre quis perguntar por que a ele, já que nos amávamos e quase não brigávamos, mas a vergonha impedia. Ele se mostrava machista demais e seu fizesse comentários desse tipo, não duvido que ele iria me achar uma verdadeira puta.
O tempo causou muita frustração para mim. Não agüentava ver que meu namorado se segurava daquele jeito por uma crença idiota, me obrigando a fazer o mesmo, o que causava, além de muita tristeza, muitos desejos incontroláveis a ponto de me deixar excitada ao acordar depois de sonhos eroticamente perfeitos com ele. Com isso, fui deixando de gostar dele, dos carinhos dele, daqueles te amo tão doces, que há meses atrás, quando comecei a morar sozinha, me deixava completamente feliz e também excitada. Ele sentia isso porque eu passei, muitas vezes, a recusa-lo.
O passar dos dias se deu rapidamente depois de uma noite em que vi um cara entrando todo atrapalhado e cheio de livros no edifício. O porteiro me disse que era meu vizinho e que viera dos EUA. Pessoalmente, só o conheci depois de um mês, já que eu quase não parava em casa e quando isso acontecia, eu sumia lá dentro, ficando dias sem sair dela. O nome dele é Richard, ele veio da Califórnia e ficaria um tempo dando aulas aqui.
O que eu não sabia é que ele era psicólogo e que seria meu professor lá na faculdade (faço psicologia). Com isso, acabamos por ficar amigos. Richard parecia ser uma pessoa meio quieta, mas na verdade era muito extrovertido.
Ele devia ter uns 27 anos e fisicamente era um gato: 1,80m, 78 kg, magro, loiro, olhos azuis bem claros, o cabelo era liso e caia nos olhos, tornando-o mais sedutor do que qualquer um possa imaginar. A boca, carnudinha e vermelhinha era atraente demais, o que às vezes me deixava muito confusa. Pensava muito nela...e nele todo também. Muitas vezes ficava me perguntando porque, já que eu amava muito o Pedro.
Uma vez eu e ele saímos para jantar e trocamos, inclusive, telefone. Tivemos uma conversa bem longa sobre meu relacionamento atual e o último dele. Falei do problema que eu tinha com meu namorado e também sobre minha intimidade (não consegui me conter, eu precisava conversar com alguém mais experiente, que soubesse me ouvir e compreender o que eu sentia) e ele me falou sobre os desentendimentos e discussões com a última namorada, tendo mais ou menos que passar pela mesma situação desagradável pois a garota também se prendia em relação aos desejos que sentia, porém, diferente do Pedro, por insegurança. Mesmo com sua profissão, não conseguiu solucionar o medo da garota e não conseguiu, assim, prosseguir o namoro de quase três anos. Ao me dizer isso, senti que tinha, pelo menos, um ponto em comum com ele o que me confortou um pouco.
Depois desse dia, passamos a conversar mais. Tanto em casa, quanto na faculdade e por telefone. Tornamo-nos grandes amigos, o que irritou ainda mais Pedro, deixando-o, muitas vezes enciumado a ponto de brigar comigo diversas vezes. Eu cheguei a dizer a ele que não iria abandonar uma amizade como a do Richard por um simples capricho dele. Também falei que eu estava me sentindo muito sozinha, que já não agüentava mais aqueles problemas imprevistos na faculdade, no estágio e no trabalho dele e além do mais disse que ele se dedicava mais a igreja do que a mim e que na vida dele não sobrava espaço para mim. Ele me beijou forte, mordeu meus lábios com muita força, fazendo-os sangrar e apertou meus braços, fincando as unhas em mim, o que também machucou, e muito. Saiu feito um doido depois daquilo e me deixou sozinha.Voltou 5 minutos depois de cara inchada, parecendo ter chorado muito e ma abraçou pedindo desculpas. Eu chorava, pois não queria, apesar de tudo, perde-lo. Achei mesmo que tinha muita raiva de mim por eu não compreender os problemas dele...
Disse a ele o quanto o amava, que o Richard era somente um amigo legal e que ele não tinha que se preocupar, o que o deixou mais aliviado. Quis ir embora e eu deixei-o ir levando-o até o portão.
Mal abri a porta do elevador, vi Richard. Ele não parou de olhar para mim, estava estático na porta do seu apartamento. Olhava diretamente, profundamente nos meus olhos, o que me assustou. Perguntei o que estava acontecendo com ele:
- O que foi?
- Nada...
- Você está bem?
- Sim...
- Mesmo?! Você me parece estranho, o que houve, fala!
- Não se pode olhar para você?
- Poder pode... mas não no estado em que estou.- pus a mão na boca inchada, que ainda sangrava um pouco.- não estou bem...
- Dá pra ver. Acho que você está vendo bem que seu namoro com o Pedro não vai durar muito, não é?
- Não quero falar sobre isso não...- comecei a chorar.
- Quer ficar aqui um pouco?- acenou para seu apartamento.
- Não, obrigada. Quero ficar sozinha... amanhã conversamos.
- Ok.
- Cuide-se...- me disse dando um beijo na testa.
- Amanha estarei melhor...
Entrei em casa, fui tomar um banho. Mal sai do chuveiro o telefone toca. Era o Pedro. Ele me pediu desculpas de novo. Eu disse que não queria mais falar sobre aquilo, queria dormir e esquecer do episódio que passamos. Ao desligar, fui dormir.
No dia seguinte, comecei a pensar se valia à pena realmente continuar com o Pedro, já que aquilo não mais me deixava feliz. Resolvi terminar... Richard aprovou a idéia depois que eu falei para ele o que tinha acontecido no dia anterior.
Felizmente, à noite, não consegui fazer, não estava com coragem. Pedro veio, fomos para o quarto, aconteceu o de sempre. Não senti nada. Durante os beijos do Pedro, do nada, passei a pensar no Richard, o que já estava se tornando comum no meu dia a dia. Ao perceber que estava no mundo da lua, Pedro parou:
- Mas o que está acontecendo com você? Você está estranha demais... não está gostando?
- Não é isso...
- É o quê então?!
- Eu preciso dizer uma coisa a você...- pensei em terminar naquele momento, já que percebi que os beijos dele, o que sempre foi mais especial no Pedro para mim, não mais tinham graça.
- Pois diga... estou aqui.
Não tive coragem:
- Estou me sentindo mal...-levantei da cama fui para a cozinha dizendo estar com dor de cabeça.
Quando voltei, pedi desculpas. Ele me perdoou e disse que também estava cansado, me encheu de beijos e foi embora. Liguei pro Richard imediatamente e pedi que saísse comigo. Estava com vontade de ver o mar. Ele aceitou o pedido e foi comigo até a praia (moramos no Recreio). Lá, sentados na areia, começamos a conversar sobre diversas coisas, principalmente sobre ele.
Até ele me dizer que estava se sentindo carente que estava querendo encontrar alguém legal, o papo estava muito superficial. Depois, não sei como fomos parar em uma prosa mais quente, mas ligada à intimidade de dele. Acho que foi porque me contou o que aconteceu com ele e a ex na única vez em que ela estava mais... solta, digamos assim.
Disse-me ele que nesse dia em que a ex-namorada estava mais assanhada. Eles foram namorar no cinema. No meio das pipocas, as mãos dele estavam a rolar soltas pelo corpo da menina, que parecia amar o que ele estava fazendo. Ela chegou mais pertinho dele e o abraçou forte. Logo viu que uma das coxas dela estava em cima das pernas dele e que uma das mãos dela acariciava seus seios, levemente à mostra pela blusa decotada e fina. Ela estava de saia. Ele só foi se dar conta a respeito da perna nua dela naquele momento... e aproveitou isso para por uma de suas mãos taradas na coxa em cima de sua perna. Sua boca foi para o pescoço dela e, levemente, chupava, mordia e beijava a nuca da menina. A outra mão dele, que inocentemente a abraçava, também entrou no ritmo quente dos toques e foi se abaixando pelo ombro da garota até chegar a blusa da menina. Lá ela foi se arrastando e levantou o sutiã, acariciando enfim os seios da sortuda ex dele. Enquanto me dizia isso, aqueles olhos azuis misteriosos e sedutores continuavam a me olhar firmemente. Eu, ao ouvir tanta coisa daquele gênero, obviamente fiquei excitada (e muuuuito!), a ponto de não ter mais como disfarçar.
Logo que percebeu minha cara de desejo, Richard me perguntou se eu queria continuar a ouvir aquelas coisas picantes. Eu disse que sim. Os olhos dele, que pareciam dois faróis em meio a escuridão da praia, começaram a me ver diferentemente, com muito mais desejo.
Voltou a falar: Disse que a jovem, que tinha mais ou menos a mesma idade que eu, começou a sussurrar no ouvido dele pedindo mais. A mão dela se juntou a mão dele, que estava a deliciar-se com a grossa e macia coxa e empurrou a mão dele até dentro da saia. Ele começou a brincar com a calcinha da menina. Os dedos pareciam encher a garota de desejo, porque não entravam, não passavam para dentro da calcinha somente ousavam passar todo o tempo (enlouquecendo qualquer um de tanto desejo e agonia !). Com cinco segundos de ousadia, os dedos dele estavam sentindo o quanto sua ex estava molhada e quente. Ela gemia muito, apesar de ser bem baixinho e passou a masturba-lo. Enfiou a mão por dentro da calça dele, entrou na cueca dele e o massageou com força. Com isso, ele passou a beijar e morder a boca da garota com muito mais intensidade. Começou, também a dizer a ela que queria muito estar com ela num quarto, para que pudesse beijar o seio tão em que estava fazendo carinho, deixa-la mais molhada que naquele momento, passando a tocar sua vagina mais livremente, mordesse e beijasse a perna que estava nele, tocar, acariciar, arranhar cada parte do corpo dela: entre os dedos do pé, entre as pernas, as nádegas, a virilha, as costas, a nuca, a barriga, entre os seios... Ela, ao ouvir tudo aquilo acabou tendo um orgasmo. Suspirava muito. Ele parou aos poucos de fazer o que estava fazendo até que voltaram a ver o filme mais calmamente. Estava com medo que as poucas pessoas dentro da sala percebessem o que estava acontecendo. Quando o filme acabou, saíram como se nada tivesse acontecido e assim persistiu o silêncio que durou até o fim do namoro.
Eu não estava mais agüentando os desejos que estava sentindo. Disse a ele que eu queria ser a ex dele e que queria muito aproveitar a oportunidade que ela desperdiçou. Notei que ele estava tão atacado quanto eu e me deu um beijo. E que beijo...!!!
A língua dele era muito mais abusada que a do Pedro. Eu estava adorando...ele mordia meus lábios como nenhum outro já mordeu... O beijão foi interrompido pela chuva, que começou a cair:
- Ih, está chovendo... melhor voltarmos pra casa, Richard.
- Ah, não... por que não ficar aqui? disse feliz com toda aquela friagem que estava caindo sobre nós.
Continuou a me beijar e dessa vez mais rapidamente. Deitou-me na areia e me perguntou se eu queria mesmo ter o que a ex dele teve naquele dia do cinema. Disse que sim e ele logo passou a morder meu pescoço, agarrando minhas coxas contra as dele. Ele me apertava muito contra ele até sentir que eu estava bem excitada. Depois, tirou o sobretudo que ele estava vestindo e arrancou minha blusa com força. Meteu as mãos em meus seios, começou a apalpa-los com carinho e sua boca, que estava em meu pescoço, começou a descer meu corpo, chegando aos ombros, beijando bem de leve, chupando a água da chuva que molhava meu corpo. Ficou ali nos ombros um pouquinho só, me tirou da areia e desabotoou meu sutiã. Deitou-me novamente só que dessa vez meu corpo não mais se encostou à areia gelada mais no sobretudo que ele pôs ali. Começou a chupar meus seios com intensidade, mas me deixando louca... a água fria e a língua dele arrepiavam o resto do meu corpo que, aos poucos, estava sendo despido do resto de suas roupas. Suas mãos entraram entre nossos corpos que estavam encostados um no outro e chegaram até o zíper da minha calça. Descendo o zíper ele abaixou um pouco a calça e a boca que me chupava e beijava foi descendo mais e mais, chegando ao umbigo, onde começou a beijar-me e a morder-me com tanta ênfase que parecia que eu sentia o beijo dele até na espinha. Eu gemia muuuito!!!! Ele, inclusive, rodopiava com a língua numa região bem pertinho da virilha. Foi aí que ele abaixou mais a calça e minha calcinha, que passou a ficar entre as coxas.
Sua língua chegou a minha virilha e foi deliciooooso ser beijada. E como fui muito bem beijada! Ele desceu mais ainda... desceu e desceu... dessa vez tirou minhas calças. E o fez de bem leve. Comecei a ficar nervosa, afinal, já era fácil ver que minha primeira vez seria ali. Ele perguntou se podia... (eu já até sabia o quê). Disse que sim, ele afastou minhas pernas. Senti os beijos bem na entrada. Logo foi descendo e além de beijos ele passou a me chupar e me lamber... o fez com tanto... sei lá o que, mas... sua língua brincava comigo de um jeito muito louco e, às vezes chegava até mesmo a querer entrar em mim. Eu já não sabia mais se eu gemia ou se eu gritava de tanto desejo.
Ele me beijou tanto... mas não me esperou chegar lá. Foi subindo e no lugar de sua língua brincalhona ficaram seus dedos que começaram a me massagear. Sua boca subiu chegou até a minha e começou a me beijar. Logo senti que Richard estava sem cueca. Não consegui continuar a beija-lo, pois vi que não mais as mãos dele me massageavam. Fiquei muito nervosa, mas ainda muito excitada. Entrou em mim. Senti uma dor danada, mas ele foi bem devagar e os beijos no meu pescoço também ajudaram a sanar o que eu estava sentido. Abracei-me ao corpo dele, já não mais sentia dor, comecei a beija-lo como se ele fosse realmente quem eu queria que estivesse ali comigo na verdade, Pedro. Comecei a sentir prazer. As mãos dele também me apertavam ao corpo dele. Minhas pernas o envolveram como se eu não mais quisesse sair dali. Ele entrava, saia, entrava... até que eu tivesse um orgasmo. E eu tive.
Depois daquilo tudo, ele simplesmente me abraçou e trocamos de posição. Dessa vez eu fiquei por cima dele. Ficamos ali, por alguns minutos, somente olhando um o outro, sem saber o que dizer. Logo deitei sobre os braços dele e fiquei olhando a chuva fria, gelada cair sobre meu corpo e o dele. Pensei no Pedro. Pensei muito no Pedro.
Meia hora depois nós nos vestimos e voltamos para casa. Antes de sair do elevador, Richard me pegou nos braços e me carregou para o apartamento dele, apesar de saber que eu estava completamente confusa e chateada por causa do Pedro. Lá, ele tirou minha roupa novamente. Eu disse a ele:
- E o Pedro?
Pôs a mão em minha boca. No meu ouvido, disse:
- Esqueça-o essa noite.
- Não dá...
- Sei o quanto está chateada, só estou tentando mudar isso pelo menos agora.
- Eu sei, mas...
Nem deu tempo de terminar de falar, ele saiu me carregando, nua, pro banheiro, muito cheiroso por sinal. Lá, abriu a torneira da banheira, me pôs naquela água quentinha e depois entrou também. Pediu que eu virasse de costas para ele. Ele pegou o sabonete e começou a desliza-lo sobre as minhas costas. A água estava quente, muito boa. Começou a massagear meus ombros, foi descendo, apalpando meus braços, me empurrando ao corpo dele. Eu queria chorar... não estava querendo continuar.
Parece que meu querido psicólogo sabia quando eu não sentia as coisas (na verdade, penso que isso acontece com qualquer homem) e me pediu que eu esquecesse o Pedro novamente e dessa vez com mais seriedade. Virou-me para ele continuou a me beijar. A água parecia que me ajudava a sentir a pele macia Richard. Resolvi esquecer o Pedro, eu já estava ali, a besteira já havia sido feita, não havia porque não relaxar e me deixar esvair em meio aos dedos, a boca, a língua, o tudo do Richard.
Comecei a arranha-lo, o que sempre adorei fazer em qualquer um. Beijei seus ombros, suas orelhas, comecei a masturba-lo. Fui até sua boca, beijei-a também, mordi os vermelhinhos e maravilhosos lábios dele até sangrar. Ele amou aquilo e com isso voltou a pôr seus olhos azuis a me olhar como naquela hora. Dessa vez, eu comecei a encara-lo também, mas não deixando de me divertir apalpando-o todinho. Adorei ver que ele se excitava com meus toques, parecendo querer mais, me apertando contra o corpo dele. Ele parecia mesmo louco, tarado... senti logo que estava prontinho para mim. Subi em cima dele, que estava ereto... duríssimo. Senti logo aquilo entrando dentro de mim me dando um prazer louco. Não sei porque, involuntariamente, comecei a me movimentar em cima dele pressionando meu corpo contra o dele. Ele adorou aquilo e eu o fazia olhando nos olhos dele. Gozamos juntos, ele não precisou esfregar mais as suas mãos nas minhas costas, eu arranhar seu peito e beijar, lamber os mamilos dele. Meus dedos também arranhavam sua boca (tinha uma tara toda especial pela boca). Ele a mordia... suas mãos também foram pros meus seios, de vez em quando o apertavam, rodopiavam meus mamilos... além disso também acariciava minha nuca, a apertada e arranhava enquanto me via com cara de desejo.
Depois disso ele me deu o roupão de banho dele e se enroscou numa toalha. Enquanto
fazia isso, fiquei olhando para ele fixamente. Desde os pés até a cabeça. Reparei bem o pênis que entrou em mim naquelas horas. Que ótimo... Richard era realmente um cara dotado de grandes qualidades físicas. E que qualidades!!!!!
Foi direto para o quarto. Largou-me sozinha. Não sei bem o que foi fazer mas depois ele voltou para o banheiro me pegou pelo braço me carregou até o quarto. Lá, ele sentou na cama e minha barriga foi direto para a boca dele e eu pensei se ele ia realmente querer fazer de novo, afinal, apesar de tanto fazer eu estava cansada. Ele me deitou na cama, logo falei pra ele que eu estava com sono e que queria ir casa dormir, comer alguma coisa.
Por incrível que pareça, Richard me pareceu meio romântico, pediu que eu fosse dormir com ele. Quanto a comida, para que não pudesse ter mais desculpas para ir a casa, ele foi na cozinha e me trouxe uma torta de chocolate. Enquanto foi lá buscar, fiquei reparando o quarto dele. Não era zoneado igual ao do Pedro, com meias e cuecas para todos os cantos. Os livros da faculdade estavam numa estante, em outra estavam livros literários e também tinham livros que falavam de contos eróticos. Mais tarde, descobri que ele era o autor. Adorei saber. Quando voltou me encontrou deitada na cama dele, entre os lençóis. Disse:
- Que bom que resolveu ficar.
- É, resolvi...- esperei ele sentar e me dar o bolo. Voltei a falar logo depois.- Você escreve contos é?
- Escrevo... quer ler um?
- Seria interessante.
Ele foi até a estante, pegou o livro mais grosso. Abriu num conto que disse ser o melhor por ele já feito. Deu-me pra ler.Enquanto eu lia o conto, pegou meus cabelos e começou a cheira-los (estava sentado de pernas abertas atrás de mim), depois foi beijando meus pescoço, minha orelha... (pra variar, transamos de novo). Eu nem terminei de ler.
Acordei em meio à escuridão de um edredom. Logo virei e dei de cara com a barriga do Richard. Eu estava no... meio da cama (como fui parar ali nem sei...). Escalei até a ponta da cama, me deparando com o exagero de travesseiros e lençóis. Chegando lá eu levantei, deixei um bilhetinho básico dizendo que eu tive que ir a faculdade. Nem sei o que ele achou...
Fui pra casa, me enfiei lá dentro. Não quis sair de lá nem morta, não queria nem olhar pro lado de fora, com medo que Richard me visse e me empurrasse pro apartamento dele de novo. Tomei um banho, peguei um saco de pipocas, pus no microondas e fiquei esperando que ficassem prontas. O telefone tocou, era o Pedro. Fiquei completamente sem graça:
- Pedro... oi.
- Que houve com você ontem? Tentei te ligar umas mil vezes, não achei você em casa...saiu?
- Sai, por quê?
- Por nada, ora... é que você me disse estar com dor de cabeça. Imaginei que você fosse ficar em casa descansando, só isso. Onde você foi?
- À casa da Patrícia. Fui dormir lá...
- Ah ta.
- E você está bem?
- Estou sim... quero ver você. Eu te amo.
- Quero ver você também. Er... eu também te amo.
- Tenho que ir pra faculdade.
- Eu também, tenho trabalhos a fazer.
- Eu te amo.
- Eu te amo também.
- Estou com saudades... eu te amo, muito, muito, muito...
- Eu também, Pedro, mas tenho que ir.
- Ta bom. Vai lá, Jú, depois nos falamos.
- Ok. Beijos pra você.
- Beijos
Desliguei depois comi a pipoca. Pus uma roupa, fui pra faculdade e lá encontrei professor Richard na porta da sala, acho que me esperando:
- Bilhetinho malcriado o seu. Que frio... nem parece que gostou de estar comigo.
- Aqui não é lugar... me deixe entrar, agora é aula de outro professor mesmo.
- Você está com medo de mim. Não tenho nem ao menos o direito de perguntar por quê?
- Me deixe entrar, você está me perturbando!!!!!!!
- Sei que é o Pedro que está atordoando sua cabeça, mas, quero que saiba que gosto de você e quero muito ter você comigo.
- Aonde, na cama?- estava irritada.
- Você quer mesmo ir, né? Tudo bem, pode ir. Depois conversamos.
- Tchau.
Deixou-me sozinha, saiu aborrecido e nem se despediu. Eu entrei e fui assistir à minha aula. Quando saí, encontrei Pedro. Fiquei mais irritada ainda, mas não por ele estar ali, mas sim por querer um tempo para pensar nas besteiras que andei fazendo e que rumo eu daria à minha vida. Ele veio até mim, me deu um abraço bem gostoso e me levou para almoçar. Conversamos muito e sobre muita coisa. Até que ele pegou minha mão e a beijou com carinho dizendo que fazia tudo por mim. Fiquei feliz da vida, mas ao mesmo tempo super sem graça e com remorso por ter feito o que fiz com Richard. Disse que queria que eu fosse até a casa dele ficar um pouquinho com ele, já que a mãe dele havia viajado com uma amiga. Eu não quis ir, mas ele insistiu tanto e de tanto perguntar o motivo da recusa eu acabei aceitando.
Lá não aconteceu a rotina que me entediava. Ele me deu um presente, um anel, não de noivado, mas seria como uma cara-metade pra que sempre que eu olhar me lembrar dele. Fiquei mais sem graça do que eu já estava, mas não quis contar, apesar de dar muita vontade, o que aconteceu entre eu e Richard. Depois de ter dado mil beijos nele, ele disse que me amava, que eu era linda e que jamais me deixaria por coisa alguma, nem mesmo pela igreja dele. Fiquei assustada. Ele pegou minha mão, foi em direção ao quarto dele. Fiquei mais assustada ainda. Até que, ao olhar-me, perguntou:
- O que houve?
- Nada...
- Está nervosa?
- Não, Pedro.
- Se não quiser ir essa é a hora de dizer.
- Não é isso, é que...estou preocupada.
- Preocupada?! Com quê, linda?
- Por que decidiu isso de uma hora para outra se sua crença não permite?
- Por que você é um anjo e transar com anjos não deve ser pecado. Alem disso, te amo demais, acredito que você vai ser única até os meus últimos dias. Ou seja, não dá pra considerar isso como um pecado.
- Se incomodaria se eu fosse a minha casa? Eu... eu... eu... eu estou confusa. Tenho muito em que pensar.
- Tudo bem, meu amor.- fez carinho no meu cabelo. - quer que eu te leve em casa?
- Não, tudo bem, pegarei um táxi e vou, não se preocupe.
- Então ta.
Levou-me até ao portão, me ajudou a pegar um táxi, despediu-se e subiu. Quando eu cheguei em casa, deveria ser umas cinco, dormi até o dia seguinte.
Logo cedo levantei. Tomei café e me decidi: Ia mesmo tocar no apartamento do Richard e terminar tudo que ele havia pensado em começar. Deu mais ou menos umas dez e eu fui até lá. Toquei a campainha e ele atendeu abrindo um sorriso bem largo. Disse a ele que precisávamos conversar e muito sobre o que tinha acontecido. Abriu a porta toda acenando pra que eu entrasse. Disse a ele o que estava sentindo: que eu amava muito o Pedro e que, por mais que tivesse defeitos, ficaria com ele. Richard ficou irado:
- Sei muito bem o quanto o ama. O ama agora que ele deve estar querendo te comer.
- Ora, não seja grosseiro...
- Mas estou dizendo alguma mentira?
- Nunca amei você.
- Mas pensava em mim. Deu-se pra mim.
- Mas isso não me interessa. Não digo que fui forçada, porque não fui. Mas me arrependo da noite que passamos juntos.
- Por que isso agora, Júlia?!
- Porque sim. Porque gosto do Pedro e você sabe disso.
A conversa foi interrompida por um silêncio triste. Não queria ter dito isso para o Richard, mas não havia como continuar com aquilo, sem que eu terminasse com o Pedro. E como gostava mais do outro, não tinha mais jeito de prosseguir com aquilo. Senti que ele ficou chateado comigo, mas entendeu. Na verdade, o que rolou entre eu e ele foi apenas um dia de carência (e muito tesão recolhido!). Sorriu e disse que se eu gosto mais do Pedro era melhor que eu ficasse com ele, caso contrário, não iria me sentir bem. E também falou que se eu mudasse de idéia, para procura-lo porque foi verdadeiro quanto o que sentia, estava mesmo gostando de mim. Fiquei feliz e disse que ia embora. Ele me levou até a porta e lá afirmou que nossa amizade não mudou em nada, pra que eu não deixasse de ligar e, de vez em quando, sair com ele pra almoçar e jantar, assistir a filmes no cinema, etc. Sorri e respondi que nunca iria deixar de ser amiga dele pelo que aconteceu.
Depois eu voltei pra casa e liguei pra uma amiga, a Bruna. Contei a ela o que aconteceu e ela ficou pasma, mas disse que eu fiz a coisa certa. Eu amava mesmo o Pedro e, por mais que o Richard fosse erótico e sedutor, atiçando demais os meus desejos, não valia a pena trocar um sentimento certo e grande como o que eu sentia por desejos e fantasias sexuais. Fiquei mais satisfeita ainda com minha atitude. Perguntei a ela se, ela, na minha pele, falaria para o Pedro o que havia acontecido. Ela disse que não, assim não correria nenhum risco de perde-lo. Mesmo porque, Richard era muito grandinho para aprontar uma de contar pra ele. Então... concluindo o papo, não valia a pena falar, só iria machucar o Pedro.
À noite ele me ligou. Chamei-o para meu apartamento. Ele veio e com ele trouxe flores. Margaridas, minhas prediletas! Fiquei muito feliz, nunca tinha ganhado flores. Eu havia alugado filmes e também comprei uma pizza. Sentamos e vimos aos filmes juntinhos e comendo a pizza. Depois, pedi a ele que ficasse e dormisse comigo. Ele sorriu e disse que ficaria, me pegando no colo e me levando pro quarto. Lá, as cobertas nos esperavam (estava muito frio).
Ao chegar lá, nem me perguntou se eu era ou não virgem. Na verdade, ele nunca quis saber. Somente se apossou de mim. Foi ótimo (apesar de não ter sido tão bom quanto foi com o Richard).
Depois daquela noite, eu e Pedro não mais brigamos até hoje. Nunca mais me chateei por causa de sexo.
Às vezes, ainda me lembro do Richard. Do toque dele, do jeito que me beijava... da noite em que ficamos juntos na praia... mas, não passou de saudade. Apesar de ter sido bom, não mais quero experimentar.Ele continua dando aulas lá na faculdade, também fala comigo normalmente e tal. Continuamos os amigos de sempre, como se nada tivesse mudado. Ele conheceu uma garota lá no hospital universitário, uma enfermeira e está com ela agora.
Eu estou feliz. Agora eu o Pedro estamos bem de novo e , mesmo com o que aconteceu, não tive nem perdas nem danos.
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