Transa primitiva
GOSTO muito de ler contos eróticos. Cultivo o hábito de masturbação desde jovem, e embora sempre tivesse ouvido muitas críticas a isso, considero um hábito saudável e me sinto extremamente relaxada depois. De forma que os contos eróticos são para mim de grande utilidade. Como sei que não sou a única a gostar tanto desta seção, ofereço, em colaboração, um episódio de minha vida, cuja recordação ainda me alucina, visando dar a outros a mesma alegria que tenho recebido a cada número desta revista. Fui passar um fim de semana numa fazenda aqui mesmo na Bahia, perto de Juazeiro, com um grupo de colegas. E, na manhã seguinte à nossa chegada, fomos dar um passeio a cavalo. A fazenda é muito grande, e dois peões foram nos acompanhando para que não nos perdêssemos. Eu estava então com 18 anos de idade, e uma pequena e insatisfatória experiência sexual. Achava mesmo o sexo uma coisa meio sem graça, uma vez que, nas duas ou três experiências anteriores, havia me sentido muito insatisfeita, a ponto mesmo de logo em seguida a uma relação, ir para o banheiro buscar na prática solitária maior satisfação. Mas, nesse dia, durante o passeio, comecei a me sentir estranhamente excitada. Um dos peões - um moreno muito forte, arrogante, montado no seu cavalo - me estimulou fantasias incríveis. O calor era forte e o homem suava muito, sua pele então brilhava. Dele vinha um cheiro de terra, um cheiro de bicho. Jamais gostei dos homens perfumados e desodorizados da cidade. Gosto de sentir o cheiro das coisas e das pessoas. Minhas fantasias com aquele homem iam aumentando a cada minuto ou segundo. Percebi que até minha respiração estava mais forte. Tinha vergonha de que meus amigos pudessem perceber, e tentava disfarçar. Mas a sensação que eu tinha era a da inutilidade de qualquer disfarce, tal a força do que me acontecia. Somente o peão parecia nada perceber. Vinha galopando junto a nós, numa espécie de relação, sensorial com seu cavalo, com quem falava e ria um riso inteiro, maravilhoso. Propositadamente, fui ficando para trás do grupo. O outro peão já muito à frente, abrindo caminho, e imaginei que esse homem viria me buscar se me distanciasse do grupo. E foi justo o que aconteceu. Fingi então que não me sentia bem, e que precisava descer do cavalo e respirar. Ele imediatamente desmontou e me ajudou a desmontar também. Aí aconteceu uma coisa verdadeiramente estranha: longe do testemunho de meus amigos, só com aquele homem, vi surgir uma parte minha que nem eu conhecia ainda. Sempre fui uma moça recatada, de família endinheirada, bem-nascida, bem-criada, de classe... Pois naquele momento eu não era nada disso. Com palavras que não ouso repetir agora, palavras vis, de baixo calão, chamei o homem para mim, e nos embrenhamos no mato. "Inicialmente ele estava muito assustado, mas, quando me viu tirar rapidamente a roupa, deitar no chão e chamá-lo mostrando-lhe meu corpo todo, seus olhos brilharam com loucura e sua timidez desapareceu de imediato e pôr completo. Imediatamente debruçou o corpo suado e escorregadio sobre mim, abriu com as mãos meus grande lábios, fazendo saltar meu clitóris e começou, com a língua quente e grossa, movimentos fantásticos. Eu gritava, xingava, pedia mais, chorava. E quando não só a língua, mas a boca veio inteira, e ele começou a sugar o meu clitóris como se fosse um bico, um mamilo, compreendi que, pela primeira vez na vida, eu experimentava um macho a minha altura, sem falsos, pudores - sua coisa pecaminosa, desavergonhada. Gritei-lhe palavras ofensivas, desafiadoras, e percebia que isto o estimulava mais e mais. Gozei forte na boca do desconhecido, como nunca. E quando finalmente ele encostou seu pênis na minha vulva, senti que podia enlouquecer de prazer. Era duro e quente, e eu, já muito lubrificada, senti escorregar para dentro de mim aquele pênis grosso. Mas logo ele o retirou, como se fosse só uma prova, uma mostra do que eu poderia ter. Depois, usando comigo palavras tais como as minhas para ele, xingando, elogiando, ofendendo, me disse que eu teria tudo aquilo que eu quisesse, desde que pedisse. Pedi, claro. Pedi muito, implorei. Suavemente ele esfregava a cabeça do pênis na entrada de minha vagina. Eu pedia que enfiasse tudo, e o homem me respondi: "Mais. Pede mais. Pede alto. Anda. Grita. Diz palavrão." Ficamos algum tempo nesse jogo, até que finalmente ele entroduziu, e com movimentos fortes me fez gozar e gozou comigo. Deitou-se depois a meu lado para descansar, mas eu não queria o descanso. Queria mais. Peguei seu pênis, agora miúdo e mole, e comecei a beijá-lo, e ele rapidamente endureceu outra vez. Antes que fizesse qualquer movimento, deitei-me, sobre ele mordendo-lhe os maravilhosos músculos do peito peludo e do pescoço, dizendo-lhe horrores baixinho e enfiando-lhe a língua no ouvido. Depois percorri com a boca o seu corpo de gosto salgado e lambi com ardor o seu pênis maravilhoso, até colocá-lo todo dentro de minha boca, a ponta na garganta, com a qual fiz pressão como se fosse engoli-lo inteiro. O peão urrava como um animal. Sentei-me depois sobre ele e deixei que escorregasse para dentro de mim, mas fiquei quietinha. Agora era a minha vez. O homem pedia: "Mexe. Messe, mulher." E eu respondia: "Pede. Ainda, pede. Implora. Xinga. Diz todos os palavrões que você conhece", e só então comecei a mexer e a rebolar. E, sobre o eixo do seu pênis, eu rodava, ora virada de frente, ora de costas, ora de um lado, ora de outro, sem tirar. O macho delirava sob meu corpo. Depois de gozarmos assim, descansamos um tempo. Tive sede, e o homem dirigiu-se cavalo para pegar o cantil de água. Voltou com ele e mais outra garrafa, de garapa, que bebemos um pouco juntos. Novamente excitados pelo álcool que descia rápido e forte, começamos outros jogos eróticos de mordidas e apertos. Até que o homem começou a despejar garapa em meu umbigo, e ir apará-la embaixo, em meu sexo, com a língua. Quando resolvemos voltar, era já o fim da tarde, e tivemos que arranjar uma desculpa para os outros, que se preocuparam. No dia seguinte, domingo, passei pelo peão como se nem o conhecesse, e na segunda-feira fomos embora da fazenda, sem que nos disséssemos uma única palavra. O fato é que descobri que é assim que eu gosto de sexo. Livre, com cheiros, gostos, suores, palavrões. E desde esse dia só me interessam os homens primitivos, os homens rudes.
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