Contato Telefônico
DOR culpa da recessão, fui recentemente demitido de meu emprego. Sem nada o que fazer, com algum dinheiro no bolso até aranjar outro trabalho, resolvi passar alguns dias sem fazer absolutamente nada. Acordava tarde, tomava café, comia algumas frutas, ia à praia e, à tarde, dormia, antes de, à noite, ir ao cinema ou coisa que o valha. Para meu azar, pois quando a maré é negra nem urubu encontra carniça em vazadouro de lixo, começou a chover. Foi quando enchi a geladeira de cerveja e decidi ficar uns dias sem sair de casa, lendo, pensando na vida e coisas semelhantes. Contudo, dois dias depois de estar em casa, e impossibilitado de sair vaga bundeando pela cidade pôr causa da chuva, o tédio começou a me atacar. E, além do rédio, uma imperiosa necessidade de amar, de praticar o sexo. Telefonei para duas ex-namoradas minhas, com as quais, de vez em quando, me encontrava para fazer algum programa, e convidei-as - uma de cada vez - para jantarem comigo. Mas, para comprovar minha fase de supremo azar, ambas estavam com casos firmes, e disseram para deixar o jantar para outra ocasião. Senti-me desalento e cheguei à conclusão de que a única saída era o prazer solitário, pois, como estava sem carro, não poderia sair debaixo da chuva para dar uma paquerada. Como sou pobre, mas não sou soberbo, entreguei-me aos prazeres da masturbação. Mas, após o primeiro prazer solitário, entendei-me novamente. Foi quando resolvi telefonar para alguém, para qualquer uma. Peguei o telefone, disquei um número ao acaso e atendeu uma voz masculina. Rapidamente desliguei. Insatisfeito, liguei outro número e não houve resposta. Tornei, então, a discar, até que uma voz feminina atendeu ao meu chamado. "Alo" "Quem fala?" Ela confirmou o número e eu saquei: "Oi, Márcia, tudo bem?" Imediatamente, ela respondeu que não se tratava de Márcia, que não morava ali ninguém com esse nome. Eu, de bate-pronto, respondi que não fazia mal, já que a Márcia não estava eu conversaria com ela mesma. como era inevitável, ela disse que não falaria com estranhos e desligou. pôr sorte, eu gravara mentalmente o número do seu telefone e tornei a discar o número. Ela atendeu e eu comecei a falar: Olha, pôr favor, não desliga não, eu sei que você não me conhece mas isso não quer dizer absolutamente nada, pois a gente pode passar a se conhecer amanhã ou depois e não vai haver problema algum. Durante alguns instantes ela ficou muda, até que perguntou meu nome. Eu disse que me chamava Raul, e novamente o silêncio interrompeu a nossa conversa. Para não deixar o papo morrer, perguntei seu nome, e depois de alguma hesitação ela disse que se chamava Clara. Comentei que esse era um nome muito bonito, e que se fosse tão bonita quanto o seu nome, deveria ser, na verdade, linda, pois sua voz aveludada me fazia adivinhar uma deliciosa mulher. Foi quando Clara sorriu e comentou que já tinha 39 anos. Como era de se esperar, ela me fez as perguntas de praxe, até que resolveu saber porque eu, aquela hora da tarde, estava em casa. Comentei que me encontrava momentaneamente desempregado e á espera de trabalho. Foi quando Clara perguntou o que eu estava fazendo. Secamente, eu disse que estava nu, totalmente nu, e se dependesse de mim, ela estaria comigo. Clara emudereceu, e eu tive plena certeza de que ela iria desligar o telefone. Mas não foi o que fez. Perguntou, com uma vez muito baixa e tímida, o que eu estava fazendo sem roupa. Resolvi arriscar, e disse que, enquanto falava com ela, estava me masturbando. Nesse instante, Clara suspirou no telefone, o que me excitou, e eu prontamente comecei a me acariciar. Como pôr telefone a única coisa que eu podia fazer era imaginar, pois Clara, para mim, era simplesmente um ponto de interrogação, criei ilusão de que ela era virgem. Mas, enquanto pensava assim, ela pediu: "Repete". "O quê?" - perguntei. "O que você falou." Sabendo o que ela queria ouvir, tornei a dizer que estava me masturbando, o que efetivamente começara a fazer. Com uma voz subitamente tensa. Clara perguntei: "É grande?" Eu já começava a ficar excitado, e como ela não podia ver que meu membro mede na realidade doze centímetros quando rígido, respondi ser enorme, muito grosso, e que eu estava muito excitado. Foi o que bastou para enlouquecê-la, e eu, até hoje me arrependo de não ter gravado o que Clara falou numa linguagem quase literária: "Ah!, Raul eu queria tanto estar ai contigo para pegá-lo com minha boca e te sugar todo, lamber todo o teu corpo, todo o teu sexo, até você chegar a prazer nos meus lábios. Então, eu ia engolir toda a tua seiva e depois ia te beijar na boca, te morder os lábios até arrancar sangue deles, e ia pedir para você me bater, me machucar, enquanto eu iria novamente te lamber todo, todo o teu sexo, cada pedacinho dele. Ai você iria me penetrar com brutalidade, ia enfiar teu membro endurecido dentro de mim e eu ia querer que você mexesse com bastante fúria, com bastante violência, para eu chegar até a sentir dor, e quando você estivesse quase gozando, eu ia me arrancar de você e você ia começar a me lamber, a me chupar, a morder meu sexo. Eu queria que você lambesse bem o meu clitóris, até eu ficar totalmente alucinada, porque eu tenho um clitóris bem grande, e eu ia ficar louca, maluca mesmo, e me acabar na tua boca, na tua língua, ia encher você de prazer, ia te lambuzar todo. E quando você estivesse me fazendo chagar ao prazer, eu iria pedir para você me enfiar o dedo atrás de mim e mexer bastante, enquanto eu me masturbaria e você também. Depois eu ia querer enfiar meu dedo em você e você enfiaria novamente seu dedo em mim até a gente ficar alucinado. Ai você ia me possuir novamente, mas você não pode chagar ao prazer, que eu so agora estou ficando bem excitada, bem desejosa de ter aqui do meu lado, com o teu membro grosso entrando e saindo do meu sexo. E, antes de você gozar, você tem que me possuir pôr detrás, que eu adoro, acho a coisa mais deliciosa do mundo, me deixar completamente fora de mim. Assim, bem devagar, que eu quero sentir tudo dentro de mim, teu sexo me rasgando toda, me fazendo ficar cada vez mais louca de desejo. Agora eu vou finalmente, aii... eu já estou... espera... você não pode agora, tem que vir pela frente, e você ia tirar de onde estava e me possuir todinha, enfiar lá dentro de mim, quase tocando meu útero, e eu quero que você me chame de sem-vergonha, vagabunda, que eu quero sentir tudo, tudo, quero sentir teu caldo escorrendo dentro de mim que eu vou te dar muito gozo e muito prazer, Raul, eu quero que você me lamba os seios, morda a minha barriga e depois aiii ... que eu gozo... você vai me lamber os pêlos e todo o meu sexo e toda a minha vagina... " Eu e Clara, como não podia deixar de ser, chagamos pelo telefone ao mais louco prazer, pois, particularmente, me excitara a um ponto inacreditável escutando seus desejos numa voz faminta e terna. Ao mesmo tempo, ofegávamos, arfávamos, e se alguém entrasse na linha cruzada certamente pensaria que nós dois estávamos morrendo. Passado este momento, chamei-a, e Clara continuava ofegando. Esperei um instante e repeti seu nome. Ela, então, respondeu, e eu perguntei se não haveria possibilidade de marcarmos num encontro. Foi quando ela respondeu que isto seria impossível, pois era casada, tinha quatro filhos, sendo um recém-nascido, e que não podia sair de casa. Mas que eu poderia telefonar sempre de tarde para ela, pois seu marido só chegava em casa às oito da noite e até la nós muito que poderíamos gozar pelo telefone. E desde esse dia é o que tenho feito todas as tardes. Telefono para ela e fico escutando seus desejos, suas taras, necessidades que, outro dia, ela me confessou que o marido não realiza."
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