AUREA
Quarta-feira, dez horas da noite. As ruas do condomínio estavam vazias. Estávamos perdidos. Precisávamos encontrar um canto qualquer onde pudéssemos esfregar nossos corpos, nossas bocas, nossos segredos. Corríamos e, a cada parede que encontrávamos, nos rendíamos ao prazer de fazer sexo sob os olhos atentos de voyeurs em prédios vizinhos. Eu gozava. O gozo era anunciado por gemidos roucos, que cresciam até que, no ápice, se tornavam gritos ensurdecedores de tesão. Minha saia era bem curta e a calcinha que usava foi esquecida no primeiro buraco onde nos metemos. Meu estado era ao mesmo tempo deplorável e excitante. Os seios à mostra, o batom borrado, o corpo suado e o sexo completamente molhado, meu gozo mesclado ao daquele homem que acabara de conhecer. Um segurança que passava gritou: "Hey! Não podem fazer isso aqui!". Olhamos em sua direção - ele perdia a postura a medida que nos assistia. Essa situação nos deixava ainda mais quentes. Comecei a ser tocada com a língua do meu amante... primeiro nas coxas, depois nas partes mais íntimas. Ele brincava com meu clitoris e me chupava mais forte a cada gemido. O segurança se excitou. Foi embora sem dizer nada. Com certeza se dirigiu a um canto qualquer para se satisfazer sozinho. Enquanto isso, saímos em direção a um lugar mais fechado. Encontramos as escadarias de um edifício ao lado. Mais uma vez fui percorrida pela língua frenética, de baixo até em cima, onde encontrou a minha boca. Naquele beijo houve uma força tão grande que senti despertar todo meu corpo. Comecei a esfregar meu sexo nas coxas do meu amante, primeiro devagar, depois com avidez. Ele sorria com meu empenho e quis que eu segurasse no seu órgão mais rígido. E eu o fiz, com o prazer de vê-lo cada vez mais excitado com meus movimentos, tanto pélvicos quanto manuais. Os gemidos, os sussurros, as vozes pedindo cada vez mais ecoavam pelos corredores do edifício. O medo de sermos pêgos aumentava a libido. Nossos movimentos já estavam alucinantes, quase animalescos. A volúpia impregnava o ar e incitava-nos a fazer cada vez mais. Ele levantou, me pegando no colo e segurando minhas coxas, me penetrando firmemente. A cada penetração eu era jogada contra a parede onde ele se apoiava, e nela gozamos mais uma vez. Foi o ápice do prazer que apenas começava.
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